A distribuição uniforme e controlada de toletes, com um mínimo de falhas, já é realidade no plantio mecanizado de cana-de-açúcar. Isto tornou-se possível em decorrência das tecnologias embarcadas na Plantadora de Cana Picada PCP 6000 Automatizada, fabricada pela DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.
Controlador de taxa fixa, sensoriamento com detecção de falhas, telemetria, entre outros recursos, estão aprimorando a operação mecanizada que tem obtido resultados bastante semelhantes – em alguns casos, até superiores – ao do plantio manual em relação ao consumo de mudas por hectare, à quantidade de falhas e à qualidade do plantio.
O desenho da esteira e das taliscas e todo o sistema de distribuição de mudas da PCP 6000 Automatizada já tem revolucionado o plantio mecanizado desde 2014 (quando ocorreu o lançamento da máquina) – destaca o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB. Com o Controlador de Taxa Fixa, é possível manter a uniformidade da distribuição de mudas durante o plantio, conforme a quantidade de muda programada, mesmo com a variação da velocidade do trator – observa. Esse recurso controla também o fluxo de insumos.
Segundo Auro Pardinho, a máquina é equipada também com um sensor, que detecta eventuais falhas no plantio – que acontecem raramente –, gerando um mapa com informações sobre a distribuição inadequada de mudas. O sensoriamento alerta o operador sobre a ocorrência de algum problema, possibilitando a correção imediata.
Se a máquina contar com telemetria e estiver em uma área com cobertura 4G ou satélite, o gestor pode ter acesso às informações em tempo real. “Caso não haja disponibilidade desses recursos no local, os dados poderão ser transmitidos no final do dia em uma área que tiver sinal de celular”, exemplifica o gerente de marketing da DMB. Além de informações sobre eventuais falhas, a telemetria cria condições para o fornecimento de dados sobre o consumo de mudas e de insumos, a área que está sendo plantada por hora, o consumo de combustível, paradas da máquina, entre outros.
Desde que realize o levantamento de nutrientes no solo, o produtor ou a usina tem a possibilidade de usar também o Controlador de Taxa Variável, que pode ser incorporada à máquina – informa –, o que otimiza ainda mais a performance da operação. “No começo do plantio mecanizado, houve muitas reclamações sobre os resultados obtidos, que são manifestadas, às vezes, até hoje. Mas, toda essa tecnologia – que pode ser embarcada na máquina – ajuda a melhorar muito a qualidade do plantio mecanizado”, enfatiza.
De acordo com ele, é necessário, no entanto, ter uma gestão eficaz para que seja alcançado o desempenho que pode ser proporcionado por esses recursos. “Não adianta adquirir a plantadora com toda a tecnologia de conectividade e controle, se não houver preparação adequada da equipe. É preciso treinar pessoas para que estejam aptas a interpretar as informações disponibilizadas pelos painéis”, diz.
A DMB costuma realizar inclusive treinamentos dentro da fábrica, que estão sendo retomados após interrupção por causa da pandemia. “O profissional da área acompanha a montagem da plantadora e, posteriormente, técnicos da DMB abordam temas sobre o funcionamento dos diversos recursos da máquina”, esclarece.
A empresa estuda também a incorporação do sensoriamento com detecção de falhas, do controlador de taxa fixa, da telemetria em outros equipamentos de seu portfólio, como no Adubador de Discos 2300 A, Distribuidor de Adubo em Profundidade e Calcário Superficial e Aplicador de Inseticidas em Soqueiras.
Fonte: CanaOnline